O Novo Urbanismo surgiu como reacção ao planeamento praticado nas áreas suburbanas dos Estados Unidos, desde a década de 40. A época do “baby boom” e dos novos ”life-styles”, das migrações das zonas rurais para as grandes áreas urbanas, decorrentes da economia do pós guerra, não passariam ao lado da forma de habitar. Também noutros continentes, estruturada a “nova ordem” económica, se reflectiram estes conceitos de planeamento urbano (zonamento monofuncional, “urban sprawl” – crescimento em mancha de óleo, suburbanização), tal como outras formas emergentes, condicionantes dos novos fluxos e pressões urbanas. Naturalmente, que seria também no além-Atlântico, que primeiro se sentiriam as consequências daquele tipo de urbanismo, bem como a sua crítica e correspondente ensaio de soluções, no início da década de 80, implementando-se uma visão ‘’neo-tradicional’’ do planeamento urbano, caso paradigmático e bastante divulgado o de Seaside, na Flórida. São destas raízes, evoluído e enraizado o conceito, que emerge – já na última década do séc. XX – o movimento designado habitualmente por Novo Urbanismo.
O Novo Urbanismo-Uma Contribuição ao Nivel de Circulação Viária
Por Monteiro Figueira (Prof. Eng.)

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